Um estudo da Universidade de Londres aponta como possibilidade as cabras terem sotaques diferentes, de acordo com o grupo ou região onde são criadas.

Estes resultados surpreenderam até os próprios investigadores ingleses, por se ter tornado tão óbvio para eles, depois de terminadas as audições dos animais envolvidos na amostra, que os dados que tinham em seu poder não deixavam margem para dúvidas.

Para levar a cabo este estudo foram gravados vários tipos de balidos de 23 cabritos recém-nascidos, para minimizar a possibilidade de erro. Os animais, machos e fêmeas, eram todos filhos do mesmo pai, mas cada qual de uma mãe diferente.

A primeira recolha de vocalizações foi realizada numa altura em que os animais tinham uma semana de vida e ainda viviam juntos com as suas mães, em rebanho. Depois disso, foram separados em grupos, constituídos por 4 a 7 animais, que viveram completamente separados, sem se ouvirem sequer, até às 5 semanas. Nesta altura, os balidos de todos os animais foram de novo gravados e os registos ouvidos, utilizando um conjunto de parâmetros previamente definidos, e comparados em estúdio.

As audições e comparações foram realizadas por grupo e comparadas entre grupos. Para surpresa de todos, cada grupo desenvolveu diferenças mais ou menos subtis no tipo de som que emite, exactamente como um sotaque que permite fortalecer o grupo e identificar os seus membros.

Os resultados deste estudo foram publicados na revista científica Animal Behaviour.

Estudos semelhantes realizados anteriormente com outras espécies obtiveram resultados semelhantes. Foi assim com as vacas, antes com as baleias ou com os morcegos, entre outros.

A empresa Google, com sede nos Estados Unidos - em Mountain View, na California - decidiu alterar drasticamente a forma de manter aparados os grandes relvados em redor dos edifícios, trocando os ruidosos cortadores de relva por cerca de 200 cabras que farão esse serviço quase sem fazer barulho, apenas um balir, aqui e além.