Depois de uma fase em que parecia ser possível controlar o massacre de elefantes-africanos, de uma forma geral, tanto os da floresta como os da savana, eis que os últimos números vêm demonstrar que esse massacre se acentuou, principalmente nos últimos 10 anos. Esse recrudescimento é resultado da falta de escrúpulos de caçadores furtivos e de comerciantes de marfim, que apenas procuram lucro rápido, indiferentes ao sofrimento dos animais e ao facto de poderem estar a destruir o futuro da espécie.

A matança tem sido de tal forma que, só no Parque Nacional de Minkébé, foram mortos desde 2004 mais de 11000 elefantes, mais de dois terços dos animais que aqui viviam nessa altura. Estima-se ainda que, a cada dia que passa, mais de 50 elefantes são cobardemente abatidos a tiro para lhes serem extraídos os dentes, que acabam por ser enviados para vários países asiáticos.
Só no Gabão, viviam cerca de 40000 elefantes-africanos-da-floresta, cerca de metade daquilo que se estima ser a população total.

Para além dos caçadores furtivos, a pressão humana dentro deste parque também tem aumentado por causa da exploração de minerais. Só numa pequena parcela em que se julgava estarem cerca de 300 mineiros, foram recenseadas cerca de 5000 pessoas, mas também o tráfico de droga parece ser um dos motivos que levam ao desaparecimento acelerado de animais neste parque.

As autoridades do Gabão parecem estar atentas a este problema, e já são mais de 500 os guardas que protegem o parque, mas como se vê continua a ser insuficiente para parar a cobiça dos caçadores furtivos e inverter novamente os números.

Também noutros locais continuam a acontecer crimes desta natureza. Na região do Bengo, em Angola, também se ficou a saber esta semana que alguns elefantes têm sido mortos, não só por caçadores clandestinos, mas também pela população, que tenta defender as suas culturas.
Também no Congo se conheceu o envolvimento de um grupo de guerrilheiros do Exército de Resistência do Senhor, que têm sido referenciados pelo abate de elefantes, para lhes retirarem o marfim e financiarem as suas campanhas militares.

Bem se pode dizer que ser a fonte do marfim é ser um alvo a abater e os elefantes, pelo seu tamanho, não se podem esconder de nada nem de ninguém, e são muitas vezes o alvo perfeito por estarem completamente desprotegidos e entreges à sua sorte. Até quando?

Um dos mais importantes parques naturais do Zimbabwe, o Hwange National Park, tem sido palco no último mês de um dos mais hediondos crimes contra espécies protegidas dos últimos anos, principalmente, por estar possivelmente a ser perpetrado pelos guardas do parque.

No próximo dia 4 de Outubro venha ao Jardim Zoológico e celebre connosco o dia mundial do animal. Entre os cerca de 2000 animais que aqui habitam convidamos os visitantes a conhecer o grupo de Elefantes-africanos, o animal que representa o Jardim Zoológico.

Com o fim da guerra, muitos dos animais selvagens que povoavam o território angolano estão de volta e esse é um factor de incontornável satisfação. No entanto, as populações invadiram muitos dos territórios que os animais tiveram de abandonar e agora, que os conflitos começam a surgir, urge tentar encontrar soluções que sirvam, quer populações, quer a vida selvagem, que ali encontra condições únicas para se reproduzir.

Nos últimos tempos, os guardas de prevenção ambiental do Zimbabué têm-se deparado com dezenas de elefantes mortos por envenenamento. Recentemente, encontraram mais 11 destes animais mortos num reservatório de água no parque Nacional de Hwange, o que eleva para mais de uma centena o número de animais desta espécie mortos por envenenamento com recurso a cianeto, só este ano.

Os elefantes de Moçambique estão a sofrer um verdadeiro massacre provocado por caçadores clandestinos, hipotecando uma das mais promissoras fontes de receita do país. Esta questão põe em risco também a vida dos próprios guardas das zonas protegidas, ao persistirem em levar a efeito o seu trabalho, na salvaguarda dos animais que existem no território, e que poderiam tornar o país um destino de sonho para todos os que querem ver estes animais no seu ambiente natural.