Caça clandestina delapida elefantes
2013-04-14 » Moçambique
Os elefantes de Moçambique estão a sofrer um verdadeiro massacre provocado por caçadores clandestinos, hipotecando uma das mais promissoras fontes de receita do país. Esta questão põe em risco também a vida dos próprios guardas das zonas protegidas, ao persistirem em levar a efeito o seu trabalho, na salvaguarda dos animais que existem no território, e que poderiam tornar o país um destino de sonho para todos os que querem ver estes animais no seu ambiente natural.
A WWF lançou na passada semana um alerta sobre o que se está a passar e espera que o futuro traga mais protecção às espécies mais procuradas pelos caçadores furtivos, para que no futuro possa ser feita uma melhor gestão desse recurso que é a vida selvagem e para que se inverta esta espiral de caça clandestina.
Segundo a WWF, os últimos cinco anos foram negros para os elefantes e os rinocerontes da África Austral e teme-se que possa por em causa a continuidade destas espécies. E não é só pelos animais que são mortos directamente pelos criminosos, pois no caso dos elefantes muitas das fêmeas adultas são mortas e são elas que sabem onde se pode encontrar água e alimento, o que pode por em causa a sobrevivência de manadas inteiras que, sem o conhecimento adquirido pelas matriarcas ao longo de dezenas de anos, se tornam extremamente vulneráveis.
Os números da WWF não podiam ser mais claros. Em apenas dois anos, entre 2009 e 2011, terão sido mortos em Moçambique mais de 2500 elefantes, uma percentagem estimada de 17,5% dos exemplares existentes no país. Estes números incluem, para além de machos adultos, também fêmeas adultas, jovens e crias, um verdadeiro massacre que é atribuído a caçadores oriundos de várias origens e que vêem no país, não só um local de abate, mas também um ponto de trânsito para o marfim e também para os cornos de rinoceronte que são mortos, principalmente, na África do Sul.
Os elefantes não conhecem fronteiras e deslocam-se por vastos territórios em busca de água, situada em locais que a matriarca memorizou ao longo da sua vida. Os caçadores, que conhecem as fronteiras mas não respeitam a integridade territorial do país, entram sem qualquer tipo de controlo pelas vastas fronteiras terrestres de Moçambique em busca das suas presas, indiferentes à catástrofe que vão criando dia após dia, num país que necessita do turismo de vida selvagem para tornar a vida das suas populações mais promissora e que dispõe de parcos recursos para proteger os seus icónicos animais. A WWF alerta também para a existência de ex-combatentes que nunca se integraram depois da guerra, e que usam minas terrestres para matar os elefantes nas rotas que sabem que estes seguem, situação que põe em perigo as próprias populações humanas que podem, elas próprias, ser vítimas destas armas que matam e destroem quem quer que as pise.
O Quénia, que percebeu a importância do turismo na viabilidade económica do país, conseguiu ao longo dos anos aumentar o número de visitantes, que deixam milhões de dólares no país, promovendo o emprego e aumentando as receitas directas e indirectas resultantes do turismo de vida selvagem, mas mesmo assim viu, já este ano, ser abatido um grande número de elefantes. Em resposta ao aumento da caça clandestina, o número de efectivos que protegem a vida selvagem aumentou em mais 1000 elementos, para desmotivar os possíveis caçadores de entrarem no país.
O destino das presas de elefante e dos chifres de rinoceronte é, principalmente, o mercado asiático, onde muitas destas espécies em vias de extinção são usadas como decoração e partes dos seus corpos são usados na medicina tradicional. Também a Europa e a América do Norte continuam a receber clandestinamente parte desses artefactos, retirados a animais abatidos clandestinamente, principalmente para colecionadores sem escrúpulos.
Para tentar dar aos comerciantes do mercado negro um sinal significativo de que algo está a mudar nas mentalidades, o governo tailandês proibiu o comércio de todos os artefactos de marfim no seu território, tornando assim mais difícil a vida dos comerciantes ilegais, mas sabe-se que sempre que se aumenta a fiscalização numa região, as rotas desse comércio alteram-se para onde essa fiscalização seja menos eficaz, e só uma intervenção a nível mundial poderia verdadeiramente minimizar esse comércio. No entanto, sabe-se que há sempre países que fecham os olhos a este tipo de comércio, inviabilizando assim uma intervenção deste tipo, deixando nas mãos de alguns governos e ONGs o peso de velar pelas espécies protegidas dos seus países.
A WWF lançou na passada semana um alerta sobre o que se está a passar e espera que o futuro traga mais protecção às espécies mais procuradas pelos caçadores furtivos, para que no futuro possa ser feita uma melhor gestão desse recurso que é a vida selvagem e para que se inverta esta espiral de caça clandestina.
Segundo a WWF, os últimos cinco anos foram negros para os elefantes e os rinocerontes da África Austral e teme-se que possa por em causa a continuidade destas espécies. E não é só pelos animais que são mortos directamente pelos criminosos, pois no caso dos elefantes muitas das fêmeas adultas são mortas e são elas que sabem onde se pode encontrar água e alimento, o que pode por em causa a sobrevivência de manadas inteiras que, sem o conhecimento adquirido pelas matriarcas ao longo de dezenas de anos, se tornam extremamente vulneráveis.
Os números da WWF não podiam ser mais claros. Em apenas dois anos, entre 2009 e 2011, terão sido mortos em Moçambique mais de 2500 elefantes, uma percentagem estimada de 17,5% dos exemplares existentes no país. Estes números incluem, para além de machos adultos, também fêmeas adultas, jovens e crias, um verdadeiro massacre que é atribuído a caçadores oriundos de várias origens e que vêem no país, não só um local de abate, mas também um ponto de trânsito para o marfim e também para os cornos de rinoceronte que são mortos, principalmente, na África do Sul.
Os elefantes não conhecem fronteiras e deslocam-se por vastos territórios em busca de água, situada em locais que a matriarca memorizou ao longo da sua vida. Os caçadores, que conhecem as fronteiras mas não respeitam a integridade territorial do país, entram sem qualquer tipo de controlo pelas vastas fronteiras terrestres de Moçambique em busca das suas presas, indiferentes à catástrofe que vão criando dia após dia, num país que necessita do turismo de vida selvagem para tornar a vida das suas populações mais promissora e que dispõe de parcos recursos para proteger os seus icónicos animais. A WWF alerta também para a existência de ex-combatentes que nunca se integraram depois da guerra, e que usam minas terrestres para matar os elefantes nas rotas que sabem que estes seguem, situação que põe em perigo as próprias populações humanas que podem, elas próprias, ser vítimas destas armas que matam e destroem quem quer que as pise.
O Quénia, que percebeu a importância do turismo na viabilidade económica do país, conseguiu ao longo dos anos aumentar o número de visitantes, que deixam milhões de dólares no país, promovendo o emprego e aumentando as receitas directas e indirectas resultantes do turismo de vida selvagem, mas mesmo assim viu, já este ano, ser abatido um grande número de elefantes. Em resposta ao aumento da caça clandestina, o número de efectivos que protegem a vida selvagem aumentou em mais 1000 elementos, para desmotivar os possíveis caçadores de entrarem no país.
O destino das presas de elefante e dos chifres de rinoceronte é, principalmente, o mercado asiático, onde muitas destas espécies em vias de extinção são usadas como decoração e partes dos seus corpos são usados na medicina tradicional. Também a Europa e a América do Norte continuam a receber clandestinamente parte desses artefactos, retirados a animais abatidos clandestinamente, principalmente para colecionadores sem escrúpulos.
Para tentar dar aos comerciantes do mercado negro um sinal significativo de que algo está a mudar nas mentalidades, o governo tailandês proibiu o comércio de todos os artefactos de marfim no seu território, tornando assim mais difícil a vida dos comerciantes ilegais, mas sabe-se que sempre que se aumenta a fiscalização numa região, as rotas desse comércio alteram-se para onde essa fiscalização seja menos eficaz, e só uma intervenção a nível mundial poderia verdadeiramente minimizar esse comércio. No entanto, sabe-se que há sempre países que fecham os olhos a este tipo de comércio, inviabilizando assim uma intervenção deste tipo, deixando nas mãos de alguns governos e ONGs o peso de velar pelas espécies protegidas dos seus países.
Notícias
Zimbabwe
Manadas inteiras de elefantes massacrados, tudo aponta que pelos próprios guardas do parque que os deviam proteger.
Um dos mais importantes parques naturais do Zimbabwe, o Hwange National Park, tem sido palco no último mês de um dos mais hediondos crimes contra espécies protegidas dos últimos anos, principalmente, por estar possivelmente a ser perpetrado pelos guardas do parque.
Portugal
No próximo dia 4 de Outubro venha ao Jardim Zoológico e celebre connosco o dia mundial do animal. Entre os cerca de 2000 animais que aqui habitam convidamos os visitantes a conhecer o grupo de Elefantes-africanos, o animal que representa o Jardim Zoológico.
Angola
Com o fim da guerra, muitos dos animais selvagens que povoavam o território angolano estão de volta e esse é um factor de incontornável satisfação. No entanto, as populações invadiram muitos dos territórios que os animais tiveram de abandonar e agora, que os conflitos começam a surgir, urge tentar encontrar soluções que sirvam, quer populações, quer a vida selvagem, que ali encontra condições únicas para se reproduzir.
Zimbabué
Nos últimos tempos, os guardas de prevenção ambiental do Zimbabué têm-se deparado com dezenas de elefantes mortos por envenenamento. Recentemente, encontraram mais 11 destes animais mortos num reservatório de água no parque Nacional de Hwange, o que eleva para mais de uma centena o número de animais desta espécie mortos por envenenamento com recurso a cianeto, só este ano.
Gabão
Depois de uma fase em que parecia ser possível controlar o massacre de elefantes-africanos, de uma forma geral, tanto os da floresta como os da savana, eis que os últimos números vêm demonstrar que esse massacre se acentuou, principalmente nos últimos 10 anos.
Canis & Gatis
Lisboa, Portugal
São Paulo, Brasil
Parques
Parque Nacional da Serra da Canastra
Minas Gerais, Brasil
Ilha da Madeira, Portugal
Zoos
Parque Zoológico Municipal de Araçatuba
São Paulo, Brasil
Parque Ecológico Municipal de Americana
São Paulo, Brasil
Clínicas
Bahia, Brasil
Hospital Veterinário Militar de Equinos (Mafra)
Lisboa, Portugal
Lojas
São Paulo, Brasil
Lisboa, Portugal
Hotéis
São Paulo, Brasil
Bragança, Portugal